Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro *
Uma empresa onde todos trabalham como se estivessem cuidando do seu próprio negócio.
Onde não haja necessidade de ter chefes, pois cada um sabe o que deve fazer e como fazer.
Na qual as pessoas estão atentas e preocupadas com as vendas, por dependerem delas.
Ninguém pede promoção, ou aumento de salário.
Quem não corresponde às expectativas é rejeitado pelo grupo, sem que alguém tenha de despedir.
Todos ganham o que valem no mercado de trabalho, nem mais, nem menos.
Não existem cargos ocupados, mas somente funções exercidas.
As decisões são tomadas por quem tem competência.
O lucro é distribuído de acordo com a contribuição de cada um para sua geração.
As pessoas vão para o trabalho com entusiasmo e alegria.
Aqueles que trabalham na empresa têm o sentido do pertencimento, pois sabem que só depende deles o continuar trabalhando.
Ao se referirem à empresa todos dizem: “a nossa empresa”.
Os dirigentes são respeitados e valorizados pela importância do trabalho que fazem conduzindo a empresa.
As pessoas são corretamente avaliadas e valorizadas de forma justa e sem privilégios.
Não existem barreiras para o crescimento funcional na empresa, cada um vai até onde tem capacidade para ir.
A produtividade é excelente, pois todos dão o máximo de contribuição.
A lucratividade é excepcional, tornando o capital investido satisfeito e interessado.
A boa notícia é que essa empresa sonhada é realizável, basta haver vontade política para fazê-lo. Os dirigentes da empresa ficam liberados para voltar suas atenções para o mercado, e despreocupados com os aspectos operacionais da entidade que dirigem. O difícil de entender é a razão pela qual tantas empresas continuam mantendo uma estrutura baseada na autoridade; na ocupação e disputa por cargos; na insegurança da dispensa; no conflito capital e trabalho; no desinteresse pelo que é feito; nos custos fixos com pessoal; no risco de enfrentar ações trabalhistas; na baixa produtividade; na perda de competitividade e, até ameaça de insolvência.
* Professor, consultor e escritor. crmendes@via-rs.net
Artigo publicado no Jornal do Comércio, em 16/01/2006
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