Uma das mais terríveis consequências desta lastimável legislação referente ao trabalho doméstico está na tentativa, felizmente evitável, de inviabilizar antigas parcerias domiciliares.
É comum que uma relação de emprego doméstico evolua, com o passar do tempo, para um relacionamento afetivo entre empregado e empregador.
Após anos de convivência é usual, e muito natural, o estabelecimento de uma relação que nada tem a ver com emprego, por ser realmente uma parceria, carregada de créditos recíprocos, gerados por vivências em comum.
Agora se pretendia proibir que este relacionamento prosseguisse, violentando assim o direito das partes de manterem o que desejam seja preservado.
O pressuposto de que todo empregador é um vilão, interessado em explorar empregados desamparados, está em desacordo com a realidade de uma relação de trabalho domiciliar que nada tem a ver com empregadores que ainda não evoluíram para um relacionamento inteligente entre capital e trabalho.
O que os legisladores não previam é nossa capacidade de superar disposições desnecessárias, encontrando soluções criativas e viáveis, uma vez que mobilização social é o melhor recurso para se vencer o autoritarismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário, registre sua experiência.